Sexta-feira última, dia 18, foi um dia bastante intenso e movimentando, com as formações que nós, educadores do Programa Jovens Urbanos, estamos fazendo.
Eu, por exemplo, parti cedo para a sede da Fundação Tide Setúbal, no Itaim Bibi, para o primeira imersão em Educomunicação: Habitar é Comunicar. A oficina (Workshop? Mini-curso?), foi executada pelo Cometa, pela Andrelissa e a Kátia. Noves fora o atraso de quase todos (parece-me que só o Alan - ONG Portela, zona sul - conseguiu chegar no horário), por conta de trens e metrô atrasados, dificuldades de achar o endereço e até de descer no ponto certo da av. Sto. Amaro (meu caso), foi uma troca de saberes cheia de substância e caldo.
Foram apresentados alguns vetores de condução do tema como letramento digital, literatura urbana, questões audiovisuais e uma provocação pra lá de interessante: a cidade que vemos em contraposição à cidade que vivemos.
Com esse intuito, foram desenvolvidas muitas atividades: fazer um painel sobre o deslocamento urbano diário (que rendeu ricas reflexões, pictórica e oral), proposta para assistirmos o vídeo "Objetos: Calçadas da Paulista" e exploração fotográfica do entorno.
Educom: educação lincada à comunicação (foto de Escobar Franelas)
Pablo propondo uma viagem com a "Fita de Moebius" (foto de Escobar Franelas)
Quase à uma da tarde, "sartamos" de banda (eu, Alan, Albina e Joelma), direto - sem almoço - com destino ao Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera, para a formação em Arte Contemporânea. Dificuldade em encontrar o ônibus certo (prova de que nós, educadores, também estamos sendo empiricamente "testados" em nossas "explorações"), ver o motorista discutir violentamente com um motoboy - pra variar, atrasando bastante nossa viagem - fez parte do rico processo de aprendizagem.
Mas, enfim, com atraso de "apenas" 10 minutos, chegamos enfim ao Ibira e fomos recepcionados pela Cacau. Cafezinho, ida ao banheiro, espera de outros "atrasildos" e então tivemos, como Pablo Tallavera, uma rica discussão sobre arte contemporânea. Ou, na provocação dele, uma discussão sobre "o que é arte e o que é vida", hoje, século 21. Pablo incitou-nos durante todo o tempo a ir além do óbvio, trazendo alguns aprofundamentos/questionamentos no sentido de imbricar arte e vida num mesmo contexto. Segundo sua defesa, esse talvez seja o mote que melhor exemplifique o "fazer artístico" atual.
Sala cheia, pessoal animado, discussão densa, fomos apresentados à história das bienais (1951 a 2012), tivemos uma curta introdução ao contexto da Bienal deste ano, A Iminência das Poéticas. A seguir fomos conclamados a digredir sobre as problematizações que permeiam a discussão do que é arte faz uma século: Duchamp, Stockhausen, 11 de setembro...
Por último, como atividade lúdica, fizemos o corte/percurso/trajetória da Fita de Moebius, um exercício que desconhecia e que é aplicável em qualquer contexto, seja para jovens ou velhos. Vou levá-lo para meus pupilos em algum momento, talvez essa semana mesmo.
ótimo relato, Escobar! Me fez relembrar do rico encontro que compartilhei com vcs na Bienal e também sentir uma "inveja branca" da formação em Educomunicação, que parece estar tb bem interessante! abraço,Cacau
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