quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Segunda Semana PRODUÇA! Na área.

  Barbara e Jovens Urbanos

Tadeu mandando bem.

Escobar atento a tudo.


DIOTÉSPISSIO: A VIAGEM TEATRAL DO JOVENS URBANOS


Chegaram aqui  uns 10, sabendo muito bem o que queriam: teatro. Como, quando, onde e por quê ainda era um mistério. Mas a gente foi cavucando aqui, cavucando ali e descobrindo umas coisas. As explorações davam pistas, os olhos atentos se agarravam a possibilidades. Belo dia, chega um deles:
"Claudemir, o que você acha de DIOTÉSPISSIO?"
E eu lá ia saber o que era aquilo? "Do que você tá falando?"
"O nome do nosso grupo."
"Indaguento. O que é?"
"Misturamos o deus do teatro com o primeiro ator."
Sorri. Na verdade, quase ri.
"Ficou ruim?"
"Vocês não devem se preocupar com a minha opinião, mas ficou genial!"

E ficou mesmo.
Querem fazer tudo todo mundo. Até cansa. Desde uma virgula no texto até a divisão de tarefas dentro do projeto que nasce: tudo tem que envolver todos.

Dentro o universo dramaturgico, nasce uma história sob influencia de Grimm, Carrol e Frank Braum, mas em um universo jovem. Ideia deles: juntar contos de fadas, fazer uma história que se passa em mil oitocentos e poucos mas pra adultos, tendeu?

Tender, Tender, to tendendo, mas peraí: não é que tá ficando legal?

Eles ficam por aqui até mais tarde escrevendo, ensaiando, trocando ideias, sorrisos e atando coisas.

Não teve como não falar : "Parabéns, senhores. Está nascendo um belo espetáculo!"


 
 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Formação Alfasol: Exibição do filme "Quebrando o Tabu"

 O terceiro (e último) encontro de formação da Alfasol direcionado para os educadores e coordenadores do Programa Jovens Urbanos foi a exibição do documentário Quebrando o Tabu, seguido de um debate com o cineasta Fernando Andrade, diretor do filme. A apresentação, como das vezes anteriores, aconteceu no Centro Ruth Cardoso. Diante de uma plateia eclética, Fernando discorreu sobre sua polêmica obra.
 Abordando a problemática que gira em torno do consumo das drogas na sociedade atual, o diretor fez um filme sóbrio e multifocal, cuja narrativa é conduzida pelo sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que esgueira-se galhardamente entre o pesquisador e o político. Nesse caso, como bem lembrou o jovem diretor, "na fita, sobressai-se mais o cientista social que o político". Tanto melhor assim. Ponto para os dois.
 A obra analisa a historicidade das drogas e a vincula à inserção do capitalismo em todos os recônditos sociais. Dessa forma, o filme elenca em suas entrevistas os desdobramentos possíveis, como as saídas ousadas (e acertadas), encontradas pelos governos da Holanda, Suíça e Portugal, na descriminalização do usuário, tratando-o como doente e não como meliante social. Pelos resultados vistos através dos depoimentos colhidos no filme, essa talvez seja a mais sensata (possivelmente a mais importante) maneira de tratar a questão. 
 Se por essa opção o cineasta já dá provas de sua ousadia, uma vez que FHC sempre será motivo de divergências pontuais por conta de seu percurso político um tanto complexo, o bate-papo com a plateia fez com que Fernando Andrade enunciasse algumas colocações que explicaram a confecção de sua obra e permite-nos, enquanto educadores, nortear algumas propostas de cunho pedagógico surgidas com a audição do filme.
 Questionado pelos educadores presentes, o cineasta fez diversos apontamentos interessantes sobre a produção do longa e suas implicações, assim como as formas mais inusitadas de dependência que existem na sociedade atual. Uma dos momentos mais interessantes foi quando ele revelou ser dependente de Coca-Cola e, "hoje, aos 31 anos, tenho osteoporose por conta do consumo de até cinco latinhas diárias", ponderou em seu mea culpa. Comentou também que o PSDB insistiu muito para que FHC não participasse do filme, pois suscitaria muitas polêmicas com as quais o partido não compactua. Por este episódio, o jovem teve seu telefone grampeado por um bom tempo.

 Marcel, educador do Programa Jovens Urbanos na organização CECCRA, questionou o fato de FHC sempre apontar a droga a partir do estigma da dependência e nunca contextualizá-la sob o âmbito do lazer, o que ampliaria o raio de discussão da questão. Fernando concordou, afirmando que esta leitura do filme já foi apontada por outras pessoas. O vídeo com o ex-presidente no filme, com seu comportamento bem diferente de quando estava no poder, também foi pontuado por dona Albina, educadora no Lar Maria Sininha, na zona sul de São Paulo. "O FHC foi um grande hipócrita", asseverou ela, provocando risos entre os presentes.
 Audaz, multifacetado, ideológico, discursivo, todos estes adjetivos cabem no filme de Fernando Andrade. E muitos outros. 
 Não podemos negar, contudo, a importância de se introjetar essa discussão no trabalho com jovens e adolescentes. Também é preciso adotar um posicionamento para a educação da sociedade que estamos construindo. Só por estes enunciados, o filme Quebrando o Tabu já seria bem-vindo. Mas há muitos mais... a sugestão, então, é assisti-lo. E discuti-lo.

fotos EF

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

PRODUÇA: O INICIO DAS EXPERIMENTAÇÕES


Ontem teve inicio PRODUÇA, a experimentação conduzida por Bárbara e Tadeu, aqui no Ipedesh. Jovens do Amzol, Alana, Sepas e Moca chegaram à Casa Amarela, assim como a Educadora Tati (Amzol). Os 20 jovens presentes participaram de dinâmicas de integração e assistiram a um video introdutório dos resultados que podem ser obtidos com o conhecimento adquirido na experimentação.









 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

FEIRA DAS PROFISSÕES NA ESCOLA D PEDRO I - FOTOS

A FEIRA DAS PROFISSÕES NA ESCOLA D PEDRO I aconteceu entre 11 e 13 de Setembro. Claudemir Santos representou o IPEDESH numa aula espetáculo sobre entrevista de emprego.









 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Recreação no Pq. Chico Mendes com Instituto Alana - Uma tarde ruim

Uma e vinte da tarde. Da Casa Amarela, saímos eu, Coca, Jack (Daniels, "irmão" da Coca), Paula, Nega, Carreirinha, Leylayne, Emerson, Edi, Pudim e Ulisses em direção ao Parque Chico Mendes. Iríamos, emparceria com os jovens do Instituto alana, no Jd. Helena, explorar o bucólico espaço de São Miguel, que muitos dos jovens urbanos do IPEDESH ainda desconheciam (mesmo morando no bairro).
Antes, uma passadinha pelo CDC Tide Setúbal, que muitos também ainda não conheciam, e outra "rapidinha" pela Associação dos Moradores da Cidade Nova, onde o Programa Jovens Urbanos/IPEDESH aconteceu no ano passado (6ª edição). Os jovens estavam curiosos em ver um dos projetos mais interessantes da turma passada, o Muda Ambiente, que fez uma interferência paisagística no local. Como pudemos observar, o trabalho resiste, apesar de mal cuidado.
Toca o telefone. A Elaine Mineiro (educadora do PJU/Instituto Alana) já está com seus jovens no parque e pergunta se vamos demorar. Digo que demoraremso mais 10 minutos. Chegamos em quinze. Abraços, beijos, cumprimentos, apresentações, e então dispersamos os jovens, "deixem suas bolsas aqui e vão explorar o ambiente". A Elaine ainda recomenda, "vamos marcar um horário para lancharmos juntos?". Tudo combinado, eles "somem" dentro do parque.
Meia-hora depois, a balbúrdia: "Escobar, roubaram o celular da gente", "Elaine, tomaram o meu celular!". 
"Como assim?"
Custei a acreditar, até porque estávamos dentro de um parque hermeticamente fechado, por muros, por árvores, e por seguranças. Mas fato é fato. Tínhamos sido surrupiados. Números: um arrastão de sete jovens produziu a perda de quatro celulares, uma câmera fotográfica e um murro no rosto do David (PJU Alana), que deixou, além de um hematoma, também pavor, indignação, medo e muitos outros sentimentos que se manifestarão por dias, talvez meses ou até anos na vida de cada um de nós.
Primeira providência: procurar a adminsitração do parque. Não tem. Um jovem funcionário dispôs-se a ligar para a Polícia Militar ou Guarda Civil Metropolitana. Enquanto ele cumpria seus préstimos, ficamos no meio-caminho entre conversar com os seguranças e dar apoio moral e logístico para os jovens. A conversa com os seguranças do Parque Chico Mendes, um espaço público (que deveria ser) mantido pela Prefeitura do Município de São Paulo, revelou-nos o óbvio: eles não agem, não sabem como agir, e se agir, vão  fazer tudo errado. Pois não têm treinamento, não sabem lidar com situações-limite, não sabem sequer dialogar com seus interlocutores. Para exemplificar, não sabiam dizer o nome da rua do parque onde trabalham, não sabiam (nem na adminsitração), qual a delegacia distrital que atende naquela região, não sabiam explicar porque de skate não se pode andar (dois jovens sob minha responsabilidade estavam com seus "rodantes"), ao passo que um grupo de cinco rapazes fumavam descontraidamente seu beckzinho dentro das dependências, a menos de 100 metros da entrada do parque, sem serem advertidos. Não tinham respostas claras para nenhuma das perguntas. Em suma, "seguranças o parque têm, o que não tem é segurança".
Mais ou menos duas horas depois chegou uma viatura da GCM e se prontificou a "verificar as redondezas para ver se achava algum dos meliantes" com as características descritas pelos jovens. Palavras do soldado. E fomos informados que eles não poderiam nos levar à delegacia, pois teriam que fazer a diligência no entorno. 
Depois de perguntar, procurar, questionar e muito perambular, chegamos ao 67º Distrito Policial (Jd. Robru), onde - pasmem! - fomos até que bem atendidos pelo delegado, o investigador e o escrivão de plantão. 

Normalmente temos uma roda de conversas no pós-retorno das explorações. Para a terça que vem a tarde promete. Sei de antemão que com estes fatos corremos o risco de perdermos jovens. Alguns pais foram tremendamente lacônicos ao telefone. Mas sei também que essas duras lições nos irmanam. E aqui quero registrar meus sinceros agradecimentos à Elaine Mineiro, educadora do PJU/Instituto Alana e ao jovem Caique Cirino, o Carreirinha do IPEDESH, prestativos ao extremo, e como sempre. Também compartilho abraços sinceros nos jovens Paula (IPEDESH), Israel, Maique e David (Alana), que tiveram seus bens subtraídos, e mesmo assim ajudaram a ponderar cada passo na situação crítica que vivemos. E registro a atitude exemplar de cada um dos jovens das duas instituições, que tiveram comportamento exemplar, tanto de civilidade quanto de companheirismo entre os grupos.

FEIRA DAS PROFISSÕES NO D PEDRO I CONVIDA PJU IPEDESH



Parceira desde o inicio desta edição, a Escola Estadual D Pedro I convidou o Ipedesh para apresentar os resultados e atividades até o momento dos Jovens Urbanos em sua Feira das Profissões, que acontece entre 12 e 14 de Setembro - e também realizar alguma atividade relacionada ao tema para os alunos.
 

Sueli Kimura e Célia Yamasaki, acompanhadas pelo jovem urbano Caique Cirino, falaram sobre o Programa, reforçadas pelo video institucional criado pelos jovens sob orientação de Escobar Franelas.
 

Após, conversamos sobre o PJU e captarmos jovens interessados, e eu realizei a aula espetáculo ENTRE VISTAS: som, imagem e comportamento numa entrevista de emprego. Nela, utilizando imagens, interpretando algumas cenas cômicas e, principalmente, dialogando com os jovens presentes, discutimos a questão de mercado de trabalho e a maneira que as empresas realizam suas avaliações antes de contratar alguém

Divertido e dinâmico, tivemos uma noite agradável entre os jovens - alguns pegaram nosso endereço e, possivelmente, estarão passando por aqui, pra conhecer "este projeto legal". Boa parte, já estava "enpregada", graças ao Jovem Aprendiz (diga-se de passagem, grande concorrente do PJU, visto que "perdemos" muitos jovens para eles).

A Escola mostrou-se grata e reforçou a parceria, nos convidando para realizar ações conjuntos para que os jovens estejam presentes no Programa Jovens Urbanos. Mesmo estando atualmente na fase dos projetos, a equipe considerou o convite e avaliará esta possibilidade. No entanto, sabemos que uma porta já está aberta para 2013. Acreditamos que esta aproximação é necessária e benvinda para bons resultados mais promissores nas próximas edições.