Nossa, mais um pouco e a gente não consegue sequer abastecer aqui, pois o bicho tá pegando no Programa Jovens Urbanos, 7a. edição, 2012.
Semana passada, mal terminaram nossas atividades com os educandos na quinta e sexta já tinha formação. Eu, que estou aprimorando conhecimentos em Educomunicação, dei um rasante logo cedo na sede da Fundação Tide Setúbal, no Itaim Bibi, reencontrei velhos "parças" de luta e sonho e, devidamente escorados na experiência da senhorita Andrelissa, fizemos uma exploração no entorno do prédio. A ideia? Descrever oralmente as sensações que a cidade grande nos propicia.
A partir da analogia com o corpo humano, cada um se definiu como um órgão do corpo citadino e foi lá pra rua, ver qual seria sua "função" na vida urbana. Sobraram apontamentos inteligentes, recheados de argumentos sagazes. A Marina, por ex., sugeriu que "as hérnias são vários pontos da cidade". Palmas pra ela, que identificou um problema físico facilmente reconhecido por nós, e que pode ser notado também no trânsito e na locomoção pela metrópole.
Também a Denise, que se identificava com a artéria da cidade, comentou que "na avenida 9 de Julho, observo um fluxo enorme de veículos que se locomovem. Acredito que a artéria tem uma importância fundamental".
Ainda exercitamos a criação de uma rádio-blogue com tecnologia farta e simples, conforme nos ensinou a Andrelissa.
João Paulo e Pedrinho simulando um programa de web-rádio, com direção da Andrelissa (foto EF)
Uma da tarde.
Múltiplas polêmicas alimentadas por Pablo (foto EF)
Zarpamos para o Pavilhão da Bienal, para o encontro da tarde. Formação em Arte Contemporânea, sala cheia,
Guiando-se por um aforismo de Filliou, "A arte é o que faz a vida mais interessante que a arte", Pablo Tallavera, instigou todo o grupo para as provocações, todas muito precisas e polêmicas. Usando trabalhos de Fernando Ortega, voltou à carga com as discussões nunca terminadas da semana anterior. Das muitas citações, a do Del chamou-nos a atenção. Disse ele, em dado momento, "Ninguém compra um pássaro para ver suas penas, mas para ouvir o seu canto", pontuando de maneira muito rica um das questões que nortearam o debate "Para que serve a arte?", que foi discutido por todos.
Com uma atividade lúdica muito interessante: Ação Poética - Transferência (em que os presentes eram convidados a encher copos de água vazios do jeito mais inesperado possível), e mais a exibição do excerto de vídeo de Luis-Pérez Oramas, "O que acontece quando você anda?", alimentamos mais um intensa discussão e encerramos mais um sexta.
Que venha a próxima. Depressinha!...